quinta-feira, 7 de agosto de 2008

As estréias do Brasil e dos nossos Hermanitos

Quem teve a oportunidade de assistir aos dois jogos dessa quinta-feira, pode notar com muita clareza, a diferença entre ambas as seleções . Cada uma tem suas qualidades. Cada uma tem suas deficiências, mesmo que esse último quesito tenha sido muito mais evidenciado no time canarinho. Então como diria Jack Estripador, vamos por partes. Ao começar pelo time do Dunga.

Brasil 1 x 0 Bélgica


O Brasil estreou mal. Na verdade, muito mal. Em momento algum, na primeira etapa, a seleção brasileira aparentou estar sob o controle da situação. É claro que não passamos por sufoco. Que a Bélgica esteve longe de dominar o jogo. Que em 45 minutos, não criou chances de gol. Mas o que nós fizemos? Praticamente a mesma coisa. A facilidade encontrada nos amistosos contra Cingapura e Vietnam, não aconteceu hoje. O Brasil esteve aquém do que o torcedor esperava.

Ao começar pela produção ofensiva. Durante todo o primeiro tempo, nossos jogadores foram quase inoperantes, sem criação alguma. Tirando Diego, que foi razoavelmente bem, nenhum jogador mostrou sua verdadeira qualidade. Ronaldinho, que devemos dar um desconto porque está sem ritmo de jogo, não foi nem sombra do que pode ser. E na verdade, desculpem os seus fãs incondicionais (na qual me incluo um pouco), mais atrapalhou que ajudou.

O Brasil focou muito seu jogo em cima dele. Bem aberto pela esquerda, como de costume, ele e a seleção não renderam bem na primeira etapa.

Já no segundo tempo, as coisas melhoraram. Eu não sei se foi uma ordem expressa de Dunga ou uma decisão pessoal, mas com Alexandre Pato encostando pelo setor esquerdo do gramado, bem próximo a Ronaldinho, o jogo brasileiro cresceu, assim como desses jogadores. Foi por ali que o time começou a ter chances de gol. Em menos de 20 minutos foram no mínimo duas boas jogadas, incluindo uma passagem de Marcelo, coisa que raramente acontece. Um dos pecados da Seleção é a ausência de seus laterais no apoio.

Foi exatamente por esse setor que saiu o gol de Hernanes, que em uma das suas poucas chegadas ao ataque, garantiu a vitória.

Sei que posso estar sendo muito exigente. Sei também que uma estréia é sempre difícil, e que o resultado é o mais importante. Mas não podemos esquecer o bom futebol. Aquele que nos dará mais do que três pontos sobre a Bélgica.

Ainda falta muito para o Brasil se encontrar e, quem sabe, se consolidar como principal candidato ao título. Por enquanto sou mais a Argentina, que em uma partida muito disputa, mostrou quem tem boas chances de faturar o caneco.

Argentina 2 x 1 Costa do Marfim


Pode até soar ridículo, mas Argentina e Costa do Marfim foi e será, um dos melhores jogos vistos nas Olimpíadas de Pequim.

Os nossos Hermanos começaram muito bem. Principalmente na primeira meia hora de partida. Messi, Riquelme e Agüero foram estupendos. Jogando próximos, os três buscavam tabelas a todo estande. Por inúmeras vezes levando perigo ao gol da equipe africana.
Riquelme era o responsável pelas enfiadas de bola. Sempre tentando procurar os lançamentos diagonais para os atacantes, Román se aproveitou dos buracos deixados pela linha de defensiva da Costa do Marfim, para municiar Messi e Aguero, que tiraram proveito do talento do camisa 10. Messi também jogou muito na primeira etapa. Foi insinuante e driblador. Ora caindo mais pelo meio e vindo com a bola dominada, ora já esperando no ataque. Já Agüero era praticamente o centro-avante do time.

Foi em uma jogada desses jogadores que saiu o primeiro gol da Argentina. Com um passe primoroso, Riquelme mostrou toda sua genialidade ao colocar Leonel Messi na cara do gol. O garoto de our do Barcelona só teve o trabalho de estufar as redes.

Se a Argentina dominou boa parte dos 45 minutos inicias, a coisa foi bem diferente na segunda etapa. A Costa do Marfim voltou melhor. Ajeitou os espaços deixados na defesa e continuou com as boas jogadas pelos lados, que tanto assustaram Ustari. Os atacantes Gervinho e Kalou foram os principais perigos para a zaga, que chegou a passar sufoco. No final, o resultado de 2 a 1 não foi tão justo pela boa segundo etapa apresenta pelos africanos.

Agora falando um pouco das deficiências da seleção argentina, não se pode deixar passar os problemas defensivos pelo lado do campo. Foi assim que a equipe tomou o gol. E foi assim que Costa do Marfim chegou com muito perigo.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O dia do Fico



Se o Inter fez um investimento certo para o restante dessa temporada, foi ter convencido Guiñazu a ficar. Ele é uma peça fundamental para as futuras pretensões coloradas no Campeonato Brasileiro.
Do atual elenco do Internacional, Guiñazu é o único volante que atua pelo lado esquerdo do campo,com capacidade de marcação e armação. Graças a sua presença no setor, Alex vem tendo a liberdade para avançar e encostar no Nilmar, sem ter de se preocupar tanto em marcar.
Além disso, suas descidas ao ataque são essências no esquema de Tite. É ele que chega como elemento surpresa para finalizar ou fazer as tabelas. Não é raro vê-lo trocando de posição com Alex e chegando pelos flancos do gramado.
Com sua permanência o Inter ganha muito. Ganha um jogador praticamente insubstituível para a reta final do campeonato brasileiro. Ganha um volante versátil e que se caracteriza pela qualidade e vontade.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Uma nova referencia ofensiva?


É incrível como o São Paulo consegue fazer bons negócios e contratar grandes atacantes. Assim foi com Amoroso, Ricardo Oliveira, Adriano e agora chegou a vez de André Lima.

Contratado junto ao Hearta Berlin, o jovem centroavante fez sua estréia pelo tricolor, ontem, contra o Vasco. E que estréia ele faz. Em menos de 45 minutos já tinha balançado a rede duas vezes e praticamente sacramentado a vitória do São Paulo.

Com as típicas características de um jogador de área, André Lima aparentou habilidade em ambos os gols, mostrando que pode fazer a diferença em favor de seu time. No primeiro, concluiu um cruzamento perfeito de Richarlyson, com um lindo sem pulo. O segundo foi marcado de cabeça, após cobrança de falta de Jorge Wagner.

André Lima pode voltar a ser a referência nas bolas aéreas que tanto Murucy admira. Com ele, é bem possível que a equipe volte a jogar em função do centroavante, como fazia com Adriano, mas com um diferencial. Um jogo mais bem distribuído, sem ter a necessidade de passar a bola para ele no meio-campo, como era feito com Adriano, que adorava sair da área para receber e chutar de fora.

Porém, ontem o São Paulo mostrou que também tem muito mais que apenas sua nova referência. O time jogou muito. Teve seus dois atacantes de movimentação abertos, ora Dagoberto, ora com Eder Luis, criando as principais chances de gol. Por falar em Dagoberto, graças ao bom rendimento seu na primeira meia hora de jogo, o São Paulo criou inúmeras chances pelo lado esquerdo, e chegou ao gol após uma tabela dele com Richarlyson, que fez uma boa partida no apoio. A defesa, apesar dos desfalques de Miranda e Alex Pirulito, foi muito bem. Mas vale lembrar que o Vasco foi apenas com Leandro Amaral no ataque, com seus meias muito tímidos nas descidas.

O São Paulo mereceu golear, Fez uma ótima exibição e finalmente chega no g-4, se tornando um candidato forte ao título.
Já o Vasco, está na mesma, com uma defesa péssima, que mais uma vez foi muito mal. O time só consegue bons resultados quando está jogando em casa, com o seu craque Edmundo. Assim vai ficar difícil de almejar alguma coisa a mais na competição, ou até mesmo fugir do rebaixamento.