Brasil 1 x 0 Bélgica
O Brasil estreou mal. Na verdade, muito mal. Em momento algum, na primeira etapa, a seleção brasileira aparentou estar sob o controle da situação. É claro que não passamos por sufoco. Que a Bélgica esteve longe de dominar o jogo. Que em 45 minutos, não criou chances de gol. Mas o que nós fizemos? Praticamente a mesma coisa. A facilidade encontrada nos amistosos contra Cingapura e Vietnam, não aconteceu hoje. O Brasil esteve aquém do que o torcedor esperava.
Ao começar pela produção ofensiva. Durante todo o primeiro tempo, nossos jogadores foram quase inoperantes, sem criação alguma. Tirando Diego, que foi razoavelmente bem, nenhum jogador mostrou sua verdadeira qualidade. Ronaldinho, que devemos dar um desconto porque está sem ritmo de jogo, não foi nem sombra do que pode ser. E na verdade, desculpem os seus fãs incondicionais (na qual me incluo um pouco), mais atrapalhou que ajudou.
O Brasil focou muito seu jogo em cima dele. Bem aberto pela esquerda, como de costume, ele e a seleção não renderam bem na primeira etapa.
Já no segundo tempo, as coisas melhoraram. Eu não sei se foi uma ordem expressa de Dunga ou uma decisão pessoal, mas com Alexandre Pato encostando pelo setor esquerdo do gramado, bem próximo a Ronaldinho, o jogo brasileiro cresceu, assim como desses jogadores. Foi por ali que o time começou a ter chances de gol. Em menos de 20 minutos foram no mínimo duas boas jogadas, incluindo uma passagem de Marcelo, coisa que raramente acontece. Um dos pecados da Seleção é a ausência de seus laterais no apoio.
Foi exatamente por esse setor que saiu o gol de Hernanes, que em uma das suas poucas chegadas ao ataque, garantiu a vitória.
Sei que posso estar sendo muito exigente. Sei também que uma estréia é sempre difícil, e que o resultado é o mais importante. Mas não podemos esquecer o bom futebol. Aquele que nos dará mais do que três pontos sobre a Bélgica.
Ainda falta muito para o Brasil se encontrar e, quem sabe, se consolidar como principal candidato ao título. Por enquanto sou mais a Argentina, que em uma partida muito disputa, mostrou quem tem boas chances de faturar o caneco.
Argentina 2 x 1 Costa do Marfim
Pode até soar ridículo, mas Argentina e Costa do Marfim foi e será, um dos melhores jogos vistos nas Olimpíadas de Pequim.
Os nossos Hermanos começaram muito bem. Principalmente na primeira meia hora de partida. Messi, Riquelme e Agüero foram estupendos. Jogando próximos, os três buscavam tabelas a todo estande. Por inúmeras vezes levando perigo ao gol da equipe africana.
Riquelme era o responsável pelas enfiadas de bola. Sempre tentando procurar os lançamentos diagonais para os atacantes, Román se aproveitou dos buracos deixados pela linha de defensiva da Costa do Marfim, para municiar Messi e Aguero, que tiraram proveito do talento do camisa 10. Messi também jogou muito na primeira etapa. Foi insinuante e driblador. Ora caindo mais pelo meio e vindo com a bola dominada, ora já esperando no ataque. Já Agüero era praticamente o centro-avante do time.
Foi em uma jogada desses jogadores que saiu o primeiro gol da Argentina. Com um passe primoroso, Riquelme mostrou toda sua genialidade ao colocar Leonel Messi na cara do gol. O garoto de our do Barcelona só teve o trabalho de estufar as redes.
Se a Argentina dominou boa parte dos 45 minutos inicias, a coisa foi bem diferente na segunda etapa. A Costa do Marfim voltou melhor. Ajeitou os espaços deixados na defesa e continuou com as boas jogadas pelos lados, que tanto assustaram Ustari. Os atacantes Gervinho e Kalou foram os principais perigos para a zaga, que chegou a passar sufoco. No final, o resultado de 2 a 1 não foi tão justo pela boa segundo etapa apresenta pelos africanos.
Agora falando um pouco das deficiências da seleção argentina, não se pode deixar passar os problemas defensivos pelo lado do campo. Foi assim que a equipe tomou o gol. E foi assim que Costa do Marfim chegou com muito perigo.